South Summit conhece modelo inovador do BRDE na contratação de startups no setor público

South Summit conhece modelo inovador do BRDE na contratação de startups no setor público

A experiência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) em contratar startups desafiadas a desenvolver soluções inovadores através do programa de aceleração da própria instituição, com foco especial nos temas da sustentabilidade e transição climática, ganhou destaque no South Summit 2024, que acontece em Porto Alegre. Com base nas novas diretrizes do Marco Legal das Startups (Lei Complementar no 182), o modelo adotado pelo BRDE tornou-se referência na contratação de startups por parte de empresas públicas e foi tema de painel, nesta quinta-feira (dia 21/3), para um público que lotou o RS Innovation Stage.

A gerente de Planejamento e Novos Negócios do BRDE no Paraná, Lisiane Maldaner Astarita de Limas, coordenou o painel e salientou que o modelo já conquistou premiações nacionais, entre elas o Selo Inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).  “A partir de um tema proposto com soluções em ESG (que se traduz em empresas com boas práticas ambientais, sociais e de governança), lançamos um desafio às startups prevendo a contratação definitiva”, relatou.

Maior transparência nos termos do edital e uma metodologia de criação conjunta foram alguns dos pontos destacados por parte de duas das startups contratadas após participarem do programa BRDE Labs do Paraná. “Um fato positivo, também, foi a flexibilidade em todas as etapas do processo, o que nos ofereceu maior segurança”, acrescentou o CEO da AKVO, Jean Budke. A startup desenvolveu uma plataforma que será utilizada pelo banco para medir o nível de compensação à emissão de gás de efeito estufa decorrente de projetos financiados pelo banco, estabelecendo uma relação entre recurso financeiro e a descarbonização.

Outra solução contratada pelo BRDE pelo mesmo modelo é a proposta desenvolvida pela Sipreme. Durante sua participação no painel, o CEO da startup, Gabriel Savio, explicou que a proposta contratada vai mensurar eventuais riscos que os projetos financiados pelo banco correm por conta dos eventos climáticos. “Com isso, será possível tomar decisões mais proativas e mitigar os efeitos climáticos”, frisou. Savio destacou, igualmente, a iniciativa do BRDE de aplicar o Marco Legal na contratação dos serviços de startups.

Na visão da gerente de Desenvolvimento da PUC-PR, Vanessa Bridarolle, o setor público representa um mercado promissor para startups agora com as novas regras do Marco Legal. “Antes era um processo muito mais complexo. Agora os editais do setor público são claros para as startups em todas as etapas, com maior segurança e agilidade”, destacou. O programa de aceleração de startups do BRDE no Paraná tem a Hotmilk-PUCPR como parceria na sua execução.

Fotos: Carolina Greiwe/BRDE

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