A ação é uma das 48 auxiliadas pelo banco, via Lei de Incentivo à Cultura, em 2022
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) destinou mais de R$ 6 milhões para 102 projetos aprovados para captação de recursos, através das leis de incentivos fiscais, em projetos aprovados em 2022. O Projeto Social Sol Maior recebeu apoio do BRDE, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O valor recebido permitiu que a instituição levasse adiante as Oficinas Gratuitas de Música semanais, que recebem 90 bolsistas nos cursos de violino, violão, viola caipira, guitarra, baixo e o canto coral, gratuitamente, durante um ano.
A cada ano, o BRDE direciona parte de seu imposto aos proponentes de projetos aprovados para captação de recursos por meio das leis de isenção fiscal, via Fundos da Infância e da Adolescência; com contexto no Estatuto do Idoso e Fundo Nacional do Idoso; Lei de Incentivo ao Esporte; Lei do Audiovisual; e, Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Entre os 102 projetos, 40 foram realizados pelo Paraná, 38 pelo Rio Grande do Sul e 24 por Santa Catarina. Nos três estados, foram aprovados 48 projetos de incentivo à cultura e 23 pelos Fundo da Infância e Adolescência, durante o ano. O Fundo Nacional do Idoso e a Lei de Incentivo ao Esporte, contaram com 11 e 20 ações selecionadas, respectivamente. Confira todos os projetos contemplados para o aporte no site do BRDE clicando aqui.
“O BRDE tem como ideal, o desenvolvimento social e econômico da região onde atua, sendo assim, o banco apoia e acompanha projetos que tenham como objetivo promover as atividades no meio cultural e esportivo e de inserção social tanto de idosos, quanto crianças e jovens.”, comentou o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski. “É uma contrapartida para a sociedade, com o bom uso da renúncia fiscal e os impostos destinados a áreas tão significativas para o bem-estar social”, concluiu.
As Leis de Incentivo à Cultura e ao Esporte se destacaram entre os auxílios dispostos pelo Paraná, com 21 e oito projetos respectivamente. Os fundos do idoso, e da infância e adolescência, finalizaram o ano com quatro e sete aprovações cada. Assim, foram disponibilizados mais de R$ 2 milhões pela agência de Curitiba.
Projeto Sol Maior – Idealizada em 2001 pelo violinista e professor Roney Marczak, a Escola de Música Sol Maior foi fundada com o objetivo de mudar a vida das pessoas através da excelência no ensino musical. Em duas décadas de operação, o projeto acolheu mais de oito mil alunos.
“A Lei de Incentivos Fiscais foi um divisor de águas e ajudou muito o Projeto Sol Maior”, disse o maestro, Roney Marczak. “Graças ao nosso trabalho sério e repleto de sucesso ao longo dos últimos 20 anos, tivemos a alegria de contar com o apoio e patrocínio do BRDE e de instituições que tenham a sensibilidade para a formação educacional cultural, principalmente para quem não teria a oportunidade por suas limitações de vida.”
A cada três alunos pagantes, o Projeto Sol Maior disponibiliza uma bolsa de estudos para outros estudantes, que não têm condições financeiras para um ensino de qualidade.
Localizada em Londrina (PR), a escola aceita inscrições de todas as idades, no entanto busca dar prioridade para crianças e jovens, para que desenvolvam suas habilidades cedo e ao longo do curso, com acompanhamento profissional dos professores. “Nós buscamos transformar pessoas através da música e descobrir novos talentos que possam também servir de exemplo, principalmente aqueles e aquelas que pela situação financeira de vida, teriam poucas oportunidades de um bom ensino de música. Ou seja, mostrar o caminho a eles e inseri-los no mercado de trabalho”, explicou Roney.
O aluno Gonçalo Rebelato, ingressou no projeto com 14 anos e estudou música de câmara, prática de orquestra e teoria e percepção com o Maestro Roney. Hoje, aos 23 anos, Gonçalo é considerado um dos melhores pianistas do Brasil, na sua idade. O jovem insistiu em seguir a carreira acadêmica cursando Licenciatura em Música na UEL mesmo depois de ter passado em 65 vestibulares dos mais variados cursos. Ele também faz parte do grupo de professores do Sol Maior.
“Isso não ajudou só a minha carreira, mas também trouxe um objetivo de vida, que é ajudar os outros a terem algo que eu não tive quando comecei na música”, revelou o músico.
O trabalho do Projeto Social Sol Maior, está disponível no Spotify e no YouTube do Centro Cultural e de Integração das Artes (CCIA), onde também se encontram vídeos das oficinas, ensaios e apresentações.
Sobre a Lei de Incentivos Fiscais – O processo da Lei de Responsabilidade Fiscal, visa a renúncia fiscal, quando o governo abre mão de receber parte dos impostos, em prol de ações para estimular a economia e projetos sociais, que serão realizados por entidades não governamentais ou iniciativa privada. Em breve, o BRDE pretende lançar uma cartilha digital, a fim de explicar passo a passo como empresas podem aderir a Lei de Incentivos Fiscais, de forma didática e desmistificando esse processo que colabora com segmentos tão diversos e socialmente importantes.
As inscrições foram abertas de junho a final de agosto. Em seguida uma subcomissão formada por três colaboradores, avalia a legalidade e relevância dos projetos, até a data de divulgação.
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