Presídios gaúchos recebem livros doados pelo BRDE por meio do Projeto Pró-Biblioteca

Presídios gaúchos recebem livros doados pelo BRDE por meio do Projeto Pró-Biblioteca

O diretor-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, fez a entrega de 2.200 títulos de literatura em geral – nacional e estrangeira – que serão encaminhados para 11 penitenciárias do Rio Grande do Sul. A doação ocorreu nesta manhã (02/12) em encontro com o secretário estadual César Faccioli na sede da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado (SEAPEN), em Porto Alegre. O diretor da Editora LP&M, Paulo de Almeida Lima, diretores da SEAPEN e Marcelo do Canto (Consultoria Jurídica do BRDE) também participaram.

Cada estabelecimento penal receberá uma coleção de 200 livros doados pelo banco por meio do Projeto Pró-Biblioteca, da Editora L&PM, que o BRDE apoia via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Serão beneficiados mais de 3.600 apenados, nas cidades de Sapucaia, Bento Gonçalves, Guaíba, Santa Vitória do Palmar, Lajeado, São Francisco de Assis, Sarandi, Arroio dos Ratos, Três Passos, Espumoso e Porto Alegre. Dois dos presídios são femininos, o de Porto Alegre e o de Guaíba.

Luiz Noronha relatou o histórico de patrocínio do BRDE a projetos de caráter cultural, social e esportivo por meio das leis de incentivo fiscal e o apoio ao Pró-Biblioteca em 2019, que permitiu a doação de coleções para escolas estaduais de ensino fundamental e médio e, inclusive, para uma escola indígena da periferia de Porto Alegre.

Qualificação humana e ressocialização

“A leitura liberta”, disse o secretário Faccioli, destacando a importância de combater o ócio no sistema prisional. “A ressocialização é um processo invisível e há poucas opções para os nossos apenados. Um simples livro pode salvar uma vida”, enfatizou. “É um ganha-ganha maravilhoso que está de acordo com as diretrizes da política pública estadual”, destacou ao agradecer ao BRDE pela parceria com a SEAPEN.

“A responsabilidade do BRDE é muito grande nesse projeto”, contou o editor Paulo Lima. “Tínhamos pensado em fazer doações para a rede escolar e bibliotecas comunitárias, e foi por solicitação do BRDE que a editora consultou o Ministério da Cultura e obteve a autorização para distribuir os livros também ao sistema de penitenciárias”.

A iniciativa busca equipar e atualizar as bibliotecas dos presídios gaúchos oferecendo uma opção educativa e cultural. Também contribui para o desenvolvimento pessoal e a ressocialização de muitos homens e mulheres de todas as idades, para os quais é preciso oferecer alternativas para uma nova vida. A indicação dos estabelecimentos para o programa Pró-Biblioteca foi feita em conjunto com a DTP/ Divisão de Educação Prisional. Na seleção, foram considerados requisitos como necessidade de ampliar o acervo, existência de projetos de leitura e desenvolvimento de atividades de escrita com os apenados.

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