
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) participou nesta terça-feira (11) de uma reunião com o Banco Central do Brasil (BCB), ao lado da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e de outros bancos de fomento, para discutir a ampliação do limite das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs). O encontro ocorreu na sede do BCB, em Brasília, e teve a presença do diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.
O encontro com o diretor de Regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, teve como tema a Resolução CMN 5.169/2024, que regulamenta a emissão das LCDs. Os bancos de desenvolvimento e a ABDE apresentaram uma manifestação conjunta solicitando o aumento do limite anual de emissões, atualmente estabelecido em aproximadamente R$ 470 milhões para os bancos subnacionais (BRDE, BDMG e BANDES), enquanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode emitir até R$ 10,47 bilhões.
“A ampliação do limite das LCDs é essencial para fortalecermos o financiamento a projetos sustentáveis e impulsionarmos o desenvolvimento regional. O BRDE já demonstrou a relevância desse instrumento ao ser a primeira instituição do país a realizar uma operação no mercado de capitais por meio das LCDs, mobilizando R$ 71,5 milhões em sua emissão pioneira”, destacou Ranolfo. Uma semana após a regulamentação, em novembro de 2024, o BRDE captou R$ 266,5 milhões, atingindo o teto autorizado.
A manifestação entregue ao Banco Central destaca que o atual limite restringe o potencial de impacto econômico e social das LCDs. Com um aumento no teto das emissões, os bancos de desenvolvimento poderão ampliar a concessão de crédito a taxas mais competitivas, viabilizando projetos alinhados à agenda da sustentabilidade.
Além do diretor-presidente do BRDE, participaram da reunião o diretor-executivo da ABDE, André Godoy; o diretor-presidente do BDMG, Gabriel Viegas Neto; e o diretor Financeiro do BANDES, Sávio Bertochi.
Outro ponto debatido na reunião foi o financiamento ao setor público, já que municípios são clientes estratégicos dos bancos de desenvolvimento. As instituições destacaram a necessidade de revisar a limitação do patrimônio de referência, que hoje restringe a capacidade dos bancos de ampliar o crédito para investimentos essenciais em infraestrutura, mobilidade, saneamento e desenvolvimento local.
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