A transição climática e os novos modelos de desenvolvimento econômico para reduzir as desigualdades sociais estão entre os principais desafios que aproximam a atuação dos bancos públicos de financiamento. “Somos parceiros da inovação e da sustentabilidade, pois nosso propósito maior é com a transformação”, apontou o diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski, ao abrir o painel “Sustentabilidade no âmbito de financiamento de Inovação e os ODS”, realizado na tarde desta quinta-feira (30/3), durante o South Summit Brazil 2023.
Com a participação da diretora-geral no Brasil da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Laetitia Dufay; do diretor do Banco Mundial no Brasil, Johannes Zutt, e do gerente Regional Sul da Finep, Bruno Rodrigues Camargo, o debate reforçou o papel das instituições de fomento em favor de projetos alinhados aos temas da sustentabilidade e inclusão. “Cabe aos bancos públicos o papel de experimentar e assumir riscos para que se chegue a uma transformação em favor do cidadão e do mundo, uma transformação ambiental e social”, mencionou a diretora da AFD.
Laetitia Dufay relatou do apoio da Agência em projetos de energia limpa em parceria com o BRDE, como o caso dos investimentos na modernização da iluminação pública nas cidades. Ela elencou também a atuação da AFD em combater a violência contra as mulheres com iniciativas de geração de empregos e apoio ao empreendedorismo da população feminina. “Importante é juntarmos esforços e compartilhar experiências”, resumiu.
Pilares
Concluído recentemente, um estudo sobre os maiores desafios ao desenvolvimento econômico do Brasil foi abordado pelo diretor do Banco Mundial. Conforme Zutt, o relatório indicou áreas prioritárias que vão desde os novos modelos de desenvolvimento sustentável e gestão fiscal, acelerar setores com melhor de empregos, maior inclusão socioeconômica, em especial para mulheres e indígenas, e consolidar o país como uma economia verde. “As mudanças climáticas representam o maior desafio da atual geração”, reforçou. O diretor do Banco Mundial salientou, também, que um dos pilares da instituição é combater a pobreza no mundo.
Com um histórico de financiamento em favor da inovação, o gerente Regional Sul da Finep destacou que o fundo voltado a projetos de pesquisa e desenvolvimento vem priorizando em atender os desafios da agenda ESG. “A tecnologia é muito relevante, mas a sustentabilidade é hoje tema central”, frisou. Além de disponibilizar crédito de maneira direta ou através de parceiros, Camargo citou que a Finep também disponibiliza recursos não-reembolsáveis e criou um fundo específico para projetos na Amazônia.
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