Diante dos impactos que a enchente do mês de maio segue provocando no movimento turístico do Rio Grande do Sul, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo do Sul (BRDE) identificou a necessidade de atender as empresas mesmo instaladas em municípios que não estão em situação de calamidade pública. Essa é a preocupação que o diretor-presidente do banco, Ranolfo Vieira Júnior, levou às autoridades federais na manhã desta sexta-feira (26/7), durante reunião chamada pelo Ministério do Turismo para discutir os principais gargalos no financiamento para o setor.
“Só o fato de estarmos sem o aeroporto Salgado Filho operando significa que o setor do turismo como um todo foi afetado pelo desastre, mesmo que os principais destinos não estejam no decreto de calamidade pública”, destacou Ranolfo, durante o encontro que contou com a presença de outras instituições financeiras. Além da possibilidade de atender empresas mesmo que localizadas fora das regiões inundadas, segundo o presidente, seria importante ampliar a disponibilidade de linhas de financiamento, em especial para capital de giro.
A audiência ocorreu no escritório da Secretaria Extraordinária de Reconstrução do RS, em Porto Alegre. Além da presença do ministro Paulo Pimenta, a reunião teve a coordenação do secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento no Turismo, Carlos Henrique Menezes Sobral, e do secretário nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, Mílton Zuanazzi. Estiveram presentes, ainda, o secretário de Turismo do RS, Luiz Fernando Rodriguez Júnior; o prefeito de Gramado, Nestor Tissot, e representantes do Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias.
Em 2023, o BRDE registrou um volume ao redor de R$ 175 milhões para o setor do turismo na região Sul do país, a grande maioria para empreendimentos de pequeno porte. No primeiro semestre deste ano, o banco já realizou R$ 71 milhões em novos financiamentos. Entre as medidas emergenciais adotadas após a enchente, o BRDE teve um incremento de R$ 50 milhões de limite junto ao Fundo Geral de Turismo (Fungetur).
Fotos: Caio Lorena / Setur-RS
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