Na celebração dos 60 anos do BRDE, governadores destacam papel do banco no desenvolvimento da Região Sul

Na celebração dos 60 anos do BRDE, governadores destacam papel do banco no desenvolvimento da Região Sul

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), principal referência como instituição de fomento de caráter público no apoio a produtores rurais e empresas nos três Estados do sul do país, celebrou, nesta terça-feira (15/6), seu aniversário de 60 anos. A cerimônia de comemoração ocorreu em formato híbrido e pode ser conferida, na íntegra, neste link.

Entre os maiores bancos em tamanho de carteira de crédito do Brasil, com R$ 13,5 bilhões, o BRDE tem como missão promover o desenvolvimento econômico e social de toda a região de atuação, compromisso cada vez mais alinhado com as agendas da inovação e da sustentabilidade.

Além de financiar projetos de longo prazo para empreendimentos públicos e privados de todos os portes, a instituição vem dando uma resposta importante às necessidades de maior capital de giro aos segmentos mais afetados pela pandemia de Covid-19. O BRDE fechou 2020 com mais de R$ 3,3 bilhões em crédito para investimentos e capital de giro a empreendedores dos três Estados acionistas – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além da parceria com Mato Grosso do Sul.

Governadores de três estados do Conselho de Desenvolvimento do Extremo Sul (Codesul) estiveram reunidos no Palácio Piratini mais cedo e, após, participaram do evento de aniversário. “Estarmos celebrando este aniversário significa celebrar que, por 60 anos, diante de cenários econômicos incertos, de dificuldades, de pandemia, e de tantas outras adversidades, esse banco, fruto da união de esforços entre três Estados do Sul do Brasil, e do Mato Grosso do Sul, via Codesul, não só resiste às dificuldades dos tempos como é um apoio importante para enfrentá-las nos Estados. Além de dar suporte a tantas iniciativas do setor privado, de pequenas fábricas às grandes instalações, o BRDE tem sido, ao longo da pandemia, parceiro importante para o capital de giro, que também é financiado por meio do banco nesse momento crítico da pandemia, e vai ser parceiro fundamental na retomada econômica pós-Covid”, disse o governador Eduardo Leite.

Diante de um cenário de crise, além dos próprios recursos, o banco vem trabalhando por meio de parcerias com outras instituições, nacionais e internacionais, com o objetivo de contemplar tanto o crédito emergencial em momento de extrema dificuldade para os empreendedores como o apoio a novos investimentos.

“Logo nos primeiros movimentos da pandemia, percebemos que o que viria a se impor teria um impacto econômico, devido às restrições que se fizeram necessárias para poupar vidas, e não apenas as restrições no RS, mas também aquelas em outros Estados e países que afetaram a demanda e o abastecimento de determinados insumos e equipamentos necessários para a produção. Tudo isso afetou a economia de uma forma muito forte. Começamos a buscar os caminhos para que pudéssemos estender a mão, e o BRDE foi imediatamente percebido como o braço que teríamos, com força, com fôlego, com estrutura e com expertise, para dar suporte a quem mais precisaria. O banco teve de se reposicionar e fez isso com competência, se adaptou à realidade, e estruturou novas formas de apoio e novas linhas de financiamento, com prazos de carência fundamentais para quem estava sendo mais afetado”, relembrou Leite.

“É motivo de alegria ver a força desse banco pelo desenvolvimento desses quatro estados que representam uma fatia importante do PIB brasileiro, que têm em comum a vocação do agronegócio. Lá atrás, o BRDE foi criado para levar um trator ou uma máquina para um agricultor que ainda usava enxada. Hoje, ele é parte do sucesso das grandes indústrias de transformação de alimentos do planeta, que passara a ser uma grande base econômica do País”, celebrou do Paraná e presidente do Codesul, Ratinho Junior.

Ele endossou, ainda, a importância da presença do BRDE para o desenvolvimento das cooperativas paranaenses. “Há muito tempo temos um sistema de cooperativas muito forte: das 20 maiores cooperativas do Brasil, 14 estão no Paraná. E hoje não se pensa mais em agronegócio sem pensar em tecnologia. O BRDE é muito importante porque, entendendo tanto de agricultura como de tecnologia, ele conhece a alma de quem quer crédito hoje”, relatou.

Para o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, o BRDE cumpre um papel estratégico em termos de desenvolvimento regional. “A Região Sul é uma das mais ricas do país e a divulgação do PIB do primeiro trimestre mostra a importância dos nossos estados e que têm na agroindústria, que são hoje financiadas em larga escala pelo BRDE, tem levado o Brasil a crescimento muito importantes”, frisou Azambuja. O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, participou da reunião do Codesul. Porém, compromissos de agenda em Brasília fizeram antecipar o seu retorno.

“É com muito orgulho que percebemos a nossa responsabilidade, como dirigentes de uma instituição, de honrar esse legado e de construir juntos, alinhados com os interesses dos nossos Estados, mas também com a visão de futuro que seja regional e que seja para impactar a qualidade de vida das pessoas. É a celebração da força de uma ideia, da ambição que foi criada lá atrás, e que, para que se consolidasse, contou com a colaboração, trabalho e dedicação de muita gente, além do esforço empreendedor dos nossos clientes que geram renda, riqueza e empregos, e que são o foco da nossa atuação”, destacou a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos. Em seis décadas de atuação, o banco já alcança a marca de R$ 200 bilhões em operações de crédito.

Sustentabilidade

Nesse sentido, um aspecto relevante é o compromisso assumido pelo banco como signatário da Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Nações Unidas. “A partir da diversificação das nossas fontes de funding, houve também um esforço em ampliar os programas e linhas para atender a esse compromisso, o que compreende desde projetos para o uso e produção de energias renováveis, agricultura de baixo carbono e obras de saneamento, mas também estímulo ao empreendedorismo das mulheres”, acrescentou Leany. Aproximadamente 83% da carteira de crédito é aderente a, no mínimo, um ODS.

Os diretores do BRDE igualmente se manifestaram no evento, que teve a Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul como participação cultural. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, além de representantes de bancos internacionais, como o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix, o diretor regional da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Philippe Orliange, o representante do Grupo BID no Brasil, Morgan Doyle, o representante do CAF no Brasil, Jaime Holguín, e a diretora-geral do Escritório Regional das Américas do NDB, Cláudia Prates, enviaram mensagens que foram exibidas ao longo da programação.

*Com informações da Secom/RS e Agência de Notícias/PR.

*Fotos: Itamar Aguiar/ Palácio Piratini

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