Infraestrutura resiliente é essencial para a reconstrução do RS após catástrofe climática

Infraestrutura resiliente é essencial para a reconstrução do RS após catástrofe climática

Após a devastadora enchente ocorrida em maio deste ano, o Rio Grande do Sul se encontra em uma fase de muitos desafios no processo de reconstrução de suas estruturas. Considerada a maior catástrofe natural da história do estado, a tragédia causou extensos danos a inúmeras cidades, o que aponta para a urgência de ações eficazes e sustentáveis para mitigar o impacto de eventos climáticos extremos. Nesse contexto, a infraestrutura resiliente surge como um pilar indispensável para a reconstrução, com foco em soluções duradouras que possam proteger a população e os ativos econômicos do estado contra futuras calamidades.

O tema estará em destaque durante o seminário Reconstruindo o Rio Grande do Sul pela Infraestrutura, que acontece nesta quinta-feira (dia 21/11), em Porto Alegre. Iniciativa conjunta do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do MBA PPP e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), o evento tem, entre o público-alvo, os gestores municipais que iniciarão novo mandato a partir de janeiro de 2025.

A infraestrutura resiliente engloba estruturas projetadas para suportar e adaptar-se a condições climáticas adversas, mantendo sua funcionalidade mesmo em situações de crise. Esse conceito envolve desde sistemas aprimorados de drenagem até a construção de contenções eficazes para áreas vulneráveis a cheias. No caso do RS, a infraestrutura resiliente não só atende à necessidade de reduzir a vulnerabilidade de regiões suscetíveis a enchentes, mas também contribui para a criação de cidades mais seguras e ambientalmente sustentáveis.

Fontes

Para viabilizar essa adaptação essencial, torna-se fundamental garantir financiamento adequado e apostar forte em parcerias.  Segundo Karisa Ribeiro, coordenadora de Parcerias Público-Privadas para o Cone Sul no BID e coordenadora técnica do MBA ESG FESPSP, o uso de fontes de financiamento inovadoras e parcerias estratégicas é uma alternativa viável e sustentável para enfrentar esses desafios. “O BID se dedica a promover essas parcerias para que infraestrutura resilientes sejam desenvolvidas e possamos minimizar os efeitos de eventos futuros. Estamos muito comprometidos com o processo de transformação necessário, que precisa envolver todas as partes interessadas e assim consolidar as parcerias”, antecipou Karisa Ribeiro. Ela será palestrante do primeiro painel programado para o dia.

As inscrições são gratuitas e ainda estão disponíveis através do site, onde também pode ser conferida a programação preliminar. O evento será realizado no Nau Live Spaces (Arena Gondoleiros), que fica na avenida Presidente Franklin Roosevelt, 1.308, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre. As vagas são limitadas. Com uma programação abrangente e painéis temáticos, o seminário abordará tópicos como financiamento para obras de contenção de cheias, partilha de riscos em projetos de infraestrutura e a modelagem de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) para a área social.

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