De agrônoma a servidora pública do BRDE

De agrônoma a servidora pública do BRDE

Pela forte conexão com a natureza e identificação com os produtores rurais, Carmem Rodrigues Truite, de 56 anos e no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul  (BRDE) desde 2004, se formou em Agronomia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), nos anos 90, e como forma de agradecimento à oportunidade que recebeu, decidiu que queria trabalhar como servidora pública.

“Na época, minha família não tinha condições para pagar uma faculdade e em Curitiba, só tinha na Federal ou então teria que ir para outra cidade”, recorda a gerente.

Depois de formada, Carmem decidiu comprar um sítio na cidade da Lapa – PR e realizar o antigo sonho de ser produtora rural, trabalho que sempre admirou pela coletividade e humildade dos trabalhadores do campo. Em sua propriedade, que comprou com ajuda da mãe, ela começou a plantar frutas e com a sua formação, ajudou as pessoas próximas a seguir os mesmos passos, já que plantavam batata, feijão e milho em pequenas áreas.

No ano de 1999, Carmem decidiu vender seu sítio e prestar concurso para trabalhar como bancária na Caixa Econômica Federal, onde ficou durante cinco anos. Porém, com o passar do tempo, ela percebeu que faltava alguma coisa. “Como eu tinha formação em Agronomia na UFPR e eu não estava trabalhando na área, sentia que não estava retribuindo da forma que eu desejava”, conta.

Foi então que em 2004, “por obra do destino”, como costuma comentar, Carmem saiu para almoçar, a então viu cartaz escrito “SERVIDOR PÚBLICO – Vagas para agrônomos” em uma banca de jornal, e dali em diante começou a estudar por 45 dias. Mesmo sem ter títulos, conseguiu ser chamada pelo BRDE, de onde nunca mais saiu.

Em seu primeiro cargo no banco, foi para a agência de Santa Catarina, em Florianópolis, onde trabalhou com pequenos produtores de fumo e ajudava no financiamento de áreas de eucalipto, importantes para a secagem do fumo.

Após um ano e meio, a servidora conseguiu transferência e voltou para Curitiba e passou pela gerência de planejamento do banco, trabalhou nas Câmaras Técnicas da Madeira e de Leite, junto à Secretaria Municipal de Agricultura, depois de dois anos, virou gerente rural e posteriormente, gerente operacional adjunta, seu cargo atual.

COASUL

No ano de 2007, Carmem Truite recebeu um pedido de financiamento da Cooperativa Agroindustrial (COASUL), localizada no sudoeste paranaense, a fim de fazer o estímulo do seu campo de criação de aves, onde são colocadas para o abate.

Ao conhecer o trabalho de cooperativismo da COASUL, Carmem se encantou. “Era um trabalho coletivo, eles não iam produzir para uma empresa multinacional, que poderia ir embora caso desse algum problema. Eu vi perfeição ali. Além disso, eles estavam colocando uma nova atividade para os produtores, em especial os que tinham áreas menores e onde o grão não dava tanto resultado”, explica a gerente operacional.

De acordo com a funcionária, a COASUL, “graças à força do cooperativismo no Paraná”, superou todas as dificuldades e hoje, o grupo se configura como um agente transformador na região sudeste do estado.

Importância do funcionalismo público

Para Carmem, ser servidora pública é muito mais do que apenas um trabalho. Seja presidente da república ou colaborador de um banco público, ele tem uma enorme responsabilidade e trabalha para o povo brasileiro, para o paranaense, para o empreendedor, produtor, agricultor ou empresário dono de uma indústria, como é o caso do BRDE, por exemplo.

“Algumas pessoas confundem passar em um concurso ou ser eleito, com apenas ter benefícios. Nós, servidores públicos temos que respeitar o cidadão, pois trabalhamos por eles”, completa Carmem Truite, servidora pública.

O diretor financeiro do BRDE, Wilson Bley Lipski, ressalta que a história da Carmem revela o perfil do banco “em humanizar o relacionamento com a sociedade, por meio da transformação social que impacta na vida das pessoas”. “A dedicação da Carmem é um reflexo de muitos colaboradores do BRDE, que no dia a dia entregam o seu melhor, a fim de que possamos ser um banco de relevância para a sociedade”, completou o diretor administrativo João Biral Junior.

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