Para debater o papel das instituições de fomento no apoio à transformação digital das cidades, o South Summit Brazil reuniu em um painel importantes parceiros internacionais do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e que já atuam em projetos estratégicos do setor público. “A transformação digital não é um fim em si, mas um meio de promover cidades mais eficientes, inclusivas e resilientes”, apontou o diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, que atuou como moderador do encontro, realizado no final da tarde desta quinta-feira (dia 10/04), no Palco Growth.
O painel reuniu representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As três instituições integram o funding do BRDE e reafirmaram a importância da atuação em parceria com organismos regionais para ampliar o alcance dos programas voltados à agenda da sustentabilidade, infraestrutura resiliente, inovação e na redução das desigualdades sociais.
Para a representante do CAF no Brasil, Estefanía Laterza, os bancos de fomento devem atuar de maneira estratégica junto aos governos locais, construindo soluções a partir de diagnósticos específicos. “É preciso reconhecer que cada cidade tem suas especificidades. Por isso, a transformação digital deve ser vista como infraestrutura moderna, com impactos diretos na vida do cidadão”, descreveu Estefanía.
Ao identificar na transformação digital das cidades um mecanismo potente para reduzir as desigualdades sociais, o diretor-adjunto da AFD, Léo Gaborit, ressaltou que soluções são fundamentais para melhorar a eficiência dos processos públicos e otimizar o uso dos recursos. “Ao mesmo tempo, a transformação digital tem um papel importante como ferramenta estratégica no fortalecimento da resiliência climática”, acrescentou Gaborit.
Na avaliação do especialista sênior em Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID, Diego Arcia, a agenda digital se apresenta como um dos grandes desafios institucionais para os governos. “Proporcionalmente, é a população pobre que gasta mais em tecnologia, o que reforça a urgência de políticas públicas inclusivas”, alertou Arcia. Durante o painel, ele mencionou o apoio que o BID está oferecendo à prefeitura de Porto Alegre no desenvolvimento de um sistema integrado de coordenação da informação, com foco na prevenção de desastres como enchentes.
Fotos: Carolina Greiwe / BRDE
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