Mostra de artes visuais une instalações artísticas, vídeos e fotografia para contar como a sociedade vem ressignificando a pandemia de Covid-19 com criatividade e esperança
Com o intuito de gerar reflexão sobre a capacidade criativa do ser humano em produzir esperança diante das adversidades, “Vida – Histórias da Pandemia” é a primeira exposição de artes visuais multimídia a apresentar recortes sobre a reinvenção e a ressignificação da existência humana diante da pandemia de Covid-19.
A entrada para conferir a exposição é gratuita e ela está em cartaz em Curitiba, na Arena da Baixada (Estádio Athletico Paranaense), piso P3, até a próxima quarta-feira (3O/11). O projeto teve o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por meio do edital de incentivos fiscais de 2021.
A mostra tem a direção artística do arquiteto e urbanista Felipe Guerra e traz ambientes que apresentam de forma afetiva os impactos da pandemia em áreas da sociedade, tais como, educação, saúde, artes, trabalho, relações humanas, arquitetura urbana, ciência e assistência social.
Os visitantes serão conduzidos por um percurso composto por instalações artísticas criadas pelo artista visual, designer e figurinista Gustavo Krelling; projeções de minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo Ramos; e retratos do fotojornalista Brunno Covello. A iniciativa é uma realização da Montenegro Produções, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A rotina em sala de aula, em ambientes de trabalho, os impactos nas relações dos cidadãos com a família, estudos e lazer, as modificações na dinâmica e arquitetura das cidades, as descobertas da ciência, a solidão na velhice fazem parte dos recortes, perspectivas e percepções que além da relevância histórica, também assumem a função artística de inspirar o olhar dos visitantes da exposição para o futuro.
“Em épocas de grandes rupturas, os produtos culturais e artísticos contribuem para a transformação da sociedade como respostas criativas às tragédias. VIDA – Histórias da Pandemia, enquanto produto cultural gerado a partir de uma lei de incentivo federal com apoio da iniciativa privada, cumpre com o propósito de democratizar as vozes dessa história e traça um mapa singular dos espaços que operam nossas escolhas do que lembrar e do que esquecer diante de tudo o que vivemos”, explica Carolina Montenegro, gestora da Montenegro Produções.
Como parte integrante de um projeto cultural de ARTES VISUAIS que traz em seu resultado uma exposição gratuita, a iniciativa apresenta trabalhos de artistas curitibanos em um formato original, que proporcionam uma experiência imersiva aos visitantes. “As paredes que compõem o espaço expositivo, onde essas histórias serão contadas, são paredes de ar, pneumáticas, que funcionam como se fossem grandes pulmões e isso é totalmente inédito”, destaca Felipe Guerra, diretor artístico da mostra.
Nessas paredes infláveis são projetados minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo Ramos, que captou em vídeo as histórias vividas durante a pandemia por 25 pessoas dos mais variados perfis sociais. “Entender que a razão pela qual nós sobrevivemos e estamos diante do outro talvez seja algum tipo de propósito que possamos lembrar diariamente: somos uma única vida. Somos um só”, ressalta o videomaker. O material audiovisual também está disponível no canal da produtora no YouTube, nessa playlist.
Incentivos fiscais
Anualmente, o BRDE destina parte de seu imposto devido aos proponentes de projetos aprovados para captação de recursos por meio das leis de isenção fiscal, via Fundos da Infância e da Adolescência; com contexto no Estatuto do Idoso e Fundo Nacional do Idoso; Lei de Incentivo ao Esporte; Lei do Audiovisual; e, Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). “Dessa forma, o banco oferece retorno direto à sociedade por meio dessa contribuição para a seleção de inciativas e ações de notório impacto social e cultural”, ressaltou o diretor-presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Em 2021, foram destinados R$ 4,6 milhões para projetos distribuídos entre os três estados da região sul. Nos últimos seis anos, o montante aplicado pelo banco pelos mecanismos de renúncia fiscal ultrapassa a marca de R$22 milhões.