Campo digital e conectado em discussão no Fórum de Agricultura da América do Sul

Campo digital e conectado em discussão no Fórum de Agricultura da América do Sul

Com apoio do BRDE, começou nesta quinta-feira (23) o 6º Fórum de Agricultura da América do Sul, no Museu Oscar Niemayer (MON), em Curitiba. Mais de 400 pessoas, entre produtores rurais, executivos, técnicos e membros de entidades e instituições do setor, acompanharam o primeiro dia de trabalhos do fórum, evento promovido pelo Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo. O tema deste ano é: “O campo digital e conectado, o grande desafio do século 21”.
O gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, disse na abertura do evento que o fórum tem como objetivo discutir mercado, antecipar tendências e debater soluções para o agronegócio. “Na 6ª edição, o Fórum de Agricultura acontece em um momento peculiar. Não apenas por se tratar de um ano eleitoral, mas é um ano marcado por embargos, sobretaxas, greve. E esses desafios e, principalmente, as oportunidades, justificam e fortalecem debates como esse”, afirmou.
Nesta sexta-feira, às 9 horas, o BRDE será mediador do painel “Crédito Sustentável – Uma produção que cresce alavancada, mas que precisa de regras para continuar crescendo”, que terá a participação de Paul Procee, do Banco Mundial, e de Pedro Loyola, da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP). A mediadora será a gerente adjunta de Operações da Agência Paraná, Carmem Truite.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi acompanhou a abertura do fórum e falou do crescimento da agricultura brasileira nos últimos anos. “Crescemos muito, a ponto de incomodar, ser um grande player. E isso traz problemas, desafios e, claro, oportunidades. Crescer não é problema. Se precisarmos dobrar a produção, temos tecnologia, temos espaço e, o principal, temos gente para trabalhar. As cooperativas do Paraná são um exemplo”.
“Mas é preciso chamar atenção para um problema que se avizinha”, acrescentou o ministro Maggi. Precisamos cuidar dos processos, para que sejamos levados a sério. O comércio internacional mudou, não cabe mais jeitinho. E isso não é uma responsabilidade apenas do agente público, do fiscal do Mapa, isso também é dever das empresas, dos produtores, dos elos envolvidos”.
Conexão – O primeiro painel do fórum tratou dos desafios da tecnologia e da integração das informações para incrementar a produção agrícola no Brasil. O tema “Agronegócio 4.0” foi debatido pelos palestrantes Almir Meinerz, da empresa SPRO IT Solutions, George Hiraiwa, secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Dori Goren, cônsul-geral de Israel, e José Ricken, presidente do Sistema Ocepar.
George Hiraiwa disse que o Estado possui mecanismos para impulsionar um bom ecossistema de inovação e se tornar vanguarda no agrodigital. José Ricken disse que não basta apenas tecnologia, o segredo é haver conexão entre os player do agronegócio, desde produtores, cooperativas, governo e outros. “Queremos ser protagonistas do nosso desenvolvimento. Temos que nos adequar à demanda e gerá-la. Isso se faz com tecnologia”, afirmou.
O FÓRUM
Entre 2013 e 2017, mais de 200 palestrantes de 30 países participaram do Fórum de Agricultura da América do Sul. Em seis edições, foram mais de 2 mil participantes que acompanharam 80 painéis de discussão. O congresso ocorre nos dias 23 e 24 de agosto no Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico). Confira a programação completa do evento: https://www.agrooutlook.com.br/.
“Vamos discutir tecnologia, mercado, oferta, demanda, sustentabilidade. A América do Sul viveu uma década de ouro no agronegócio. Somos um grande player deste mercado e precisamos avançar. Agronegócio é a nossa vocação natural. Estamos aqui para identificar problemas, pensar em oportunidades e apontar soluções”, disse o coordenador do evento, Giovani Ferreira.

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