Marca histórica é alcançada mesmo diante de cenário de desafios ao longo do ano passado.
Com um total de 13.446 novas operações realizadas ao longo de 2024, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) fechou o ano muito próximo de atingir R$ 6 bilhões em novos investimentos no Sul do país. Mesmo diante de um cenário desafiador em termos de acesso ao crédito, a marca histórica de R$ 5,970 milhões superou em cerca de R$ 140 milhões o volume de financiamentos registrado no ano anterior. O número total de contratos avançou 75%, com as micro e pequenas empresas e os produtores rurais sendo os segmentos de maior crescimento.
O setor do agronegócio fechou o ano com R$ 1,934 milhão em novos contratos, seguido muito de perto pelo comércio e serviços (R$ 1,920 milhão). Com fortes investimentos em inovação e desenvolvimento de novos produtos, a indústria somou R$ 1,406 milhão nos estados onde o BRDE opera. Os investimentos viabilizados pelo banco, através da parceria com a Finep, chegaram a R$ 757 milhões, superando os R$ 697 milhões registrados em 2023. “Alcançamos um resultado excepcional considerando os desafios que tivemos ao longo do ano. Foi necessário um grande esforço para disponibilizar crédito para setores fortemente atingidos pelos eventos climáticos diante de um cenário de juros em alta e poucos recursos disponíveis”, comemorou o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior.
Para o presidente, além de manter o histórico de apoiar grandes projetos estratégicos ao desenvolvimento regional, o crescimento no número de novas operações de crédito se explica pelo forte desempenho do banco no financiamento aos pequenos negócios e aos produtores rurais. As micro, pequenas e médias empresas demandaram cerca R$ 1,62 bilhão, enquanto os produtores rurais registraram R$ 1,21 bilhão em financiamentos (mais de dez mil contratos). “Significa que conseguimos socorrer quem mais precisava de apoio na hora da retomada, o que é fundamental para a manutenção dos empregos”, acrescentou Ranolfo.
O vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Renê Garcia Júnior, exaltou o impacto que as operações realizadas no ano passado impulsionam o crescimento de cada estado. “Esse volume de recursos colocados na economia a partir das nossas linhas tem o potencial de gerar pelo menos o mesmo volume de recursos no Produto Interno Bruto do Paraná, promovendo um efeito multiplicador importante na economia, principalmente na geração de renda e empregos diretos e indiretos”, analisou o vice-presidente.
“Com uma equipe altamente qualificada e um contínuo investimento em novas tecnologias para agilizar a concessão de crédito, alcançamos um notável volume de R$ 6 bilhões em contratos. O BNDES, como parceiro estratégico, desempenhou um papel crucial, contribuindo com R$ 2,83 bilhões. Além disso, a diversificação de nossas fontes de financiamento, abrangendo Fungetur, Finep e capital externo, tem sido instrumental para expandir nossa capacidade creditícia. Nossa robusta atividade econômica nos três estados do Sul, com um destaque especial para o Paraná, tem sublinhado nosso papel preponderante como líder de fomento na região”, concluiu o diretor administrativo Heraldo Neves.
O diretor Financeiro do banco, João Paulo, João Paulo Kleinübing, igualmente saudou o fato dos novos investimentos na região Sul se aproximarem do patamar de R$ 6 bilhões em um ano. “Mais do que um número expressivo, mas um reflexo de nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região Sul. Esses resultados demonstram que o BRDE continua sendo um pilar fundamental para impulsionar o agronegócio, a inovação e o empreendedorismo, mesmo diante de um cenário econômico desafiador. Nossos números impactam positivamente a vida das pessoas e suas comunidades”, frisou.”
Demais Setores
Os investimentos por parte de empresas de grande porte somaram R$ 2,65 bilhões em financiamentos aprovados pelo BRDE ao longo do ano passado. Já os projetos voltados ao setor de infraestrutura responderam por um volume de R$ 709 milhões, com destaque para o forte crescimento de financiamentos por parte das prefeituras. Para investimentos em obras de urbanização, resiliência e prevenção a eventos climáticos, saneamento e iluminação pública, as prefeituras contrataram mais de R$ 476 milhões no ano passado (em 2023 esse valor ficou em R$ 300 milhões).
“A parceria com o setor público é essencial para melhorar o acesso da população a serviços de melhor qualidade. Por isso, estamos avançando no trabalho junto às prefeituras, o que inclui toda uma assistência técnica para projetos de concessão e parcerias com o setor privado”, observou o diretor de Planejamento do banco, Leonardo Busatto. No ano passado, o BRDE concluiu com êxito as primeiras Parcerias Público-Privadas (PPPs) dos serviços de iluminação pública nos municípios gaúchos de Santa Maria e Sapiranga.
“A expansão dos financiamentos reflete nossa visão de longo prazo. Estamos investindo em soluções que não apenas atendam às necessidades imediatas, mas que também preparem as cidades e comunidades para um futuro mais seguro, eficiente e sustentável. Essa é a essência do trabalho do BRDE. Seguimos comprometidos em financiar o desenvolvimento e o fortalecimento das regiões onde atuamos”, afirmou o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos, Mauro Mariani
Mantendo o desempenho positivo do período anterior, as parcerias do BRDE em projetos de geração de energias com fontes renováveis e maior eficiência no consumo energético chegaram a R$ 553 milhões em 2024. Destaque também para o apoio às agroindústrias (cooperativas) com R$ 1,39 bilhão em novos empréstimos e aos projetos para ampliar a capacidade de armazenagem de grãos (R$ 776,8 milhões de investimentos).
Fontes de recursos
O ano passado marcou, também, a forte presença do BRDE no mercado de capitais. O banco fechou 2024 com cerca de R$ 775 milhões em captação, sendo a primeira instituição do país a operar através das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs), cujo limite de R$ 266 milhões foi alcançado em apenas uma semana. O maior destaque segue relacionado aos títulos destinados a financiar o setor agropecuário, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que representam R$ 353,6 milhões.
Essa nova fonte de recursos foi decisiva para ampliar a oferta de crédito no segundo semestre do ano. A participação dos fundings internacionais ficou em R$ 693 milhões, abaixo do registrado em 2023, que teve um avanço histórico e chegou na casa de R$ 1,17 bilhão. Já a participação do BNDES, principal parceiro operacional do banco, fechou o ano com R$ 2,83 bilhões.
“Com uma equipe altamente qualificada e um contínuo investimento em novas tecnologias para agilizar a concessão de crédito, alcançamos um notável volume de R$ 6 bilhões em contratos. O BNDES, como parceiro estratégico, desempenhou um papel crucial, contribuindo com R$ 2,83 bilhões. Além disso, a diversificação de nossas fontes de financiamento, abrangendo Fungetur, Finep e capital externo, tem sido instrumental para expandir nossa capacidade creditícia. Nossa robusta atividade econômica nos três estados do Sul, com um destaque especial para o Paraná, tem sublinhado nosso papel preponderante como líder de fomento na região”, concluiu o diretor administrativo Heraldo Neves.
Maior instituição de fomento do Sul do país, o BRDE tem uma carteira ativa de R$ 21,5 bilhões e opera no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (estados controladores), além do Mato Grosso do Sul.
Foto: MCharneski/BRDE
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