A Feevale, em Novo Hamburgo, foi o ponto de encontro da equipe do BRDE com integrantes do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio dos Sinos (Consinos), representantes de prefeituras, associações, universidades e empreendedores da região, com participação de técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na quarta-feira (10/04), para a realização da oficina de análise de projetos de desenvolvimento regional.
Este evento encerrou uma longa jornada, iniciada em 2018 pelo BRDE, com o apoio da então Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Estado, hoje Secretaria de Governança e Gestão Estratégica, que percorreu todos os 28 Conselhos de Desenvolvimento Regional (Coredes) do Rio Grande Sul, analisando cerca de 2 mil projetos.
Participaram da abertura da oficina, com o vice-presidente, diretor de Planejamento e Financeiro do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, o secretário de Governança e Gestão Estratégica do Estado, Cláudio Gastal; a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico de Novo Hamburgo, Paraskevi Bessa-Rodrigues; o reitor da Feevale, Cleber Prodanov; o presidente do Consinos, Gabriel Grabowski; e o representante do BID, Tulio Cravo. Maria Victória Fazio, do BID, e Teonas Baumhardt, que atuou como coordenador da ação com os Coredes desde o início do programa, também estiveram presentes, além de gerentes, técnicos e assessores do BRDE.
Apoio para a continuidade da ação
O secretário Claudio Gastal afirmou que o Governo do Estado buscará dar continuidade a este ciclo de interlocução com as comunidades gaúchas, por meio dos Coredes, tendo como objetivo retomar a discussão sobre desenvolvimento regional. Ele agradeceu a parceira do BRDE e disse: “O que é bom e bem feito deve ser continuado. Queremos aperfeiçoar e avançar no diálogo com as regiões”.
O representante do BID, Tulio Cravo, informou que o Banco está preparando um novo produto para oferecer o aporte de recursos internacionais, por meio do BRDE, a municípios com menos de 100 mil habitantes, onde há demandas importantes que não podem ser financiadas por fontes nacionais. Segundo ele, a experiência do BRDE com os Coredes ajuda o BID a pensar o desenvolvimento local no Sul do Brasil, conhecendo mais de perto as redes e estruturas existentes para elaborar e entregar novos projetos às comunidades.
Recursos e arranjos institucionais
De acordo com o vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, a análise técnica do BRDE, com foco específico na captação de recursos financeiros, indicou que os 41 projetos apresentados pelo Consinos em seu Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional, na realidade desdobram-se em 71 projetos, dos quais 23% são financiáveis pelo próprio BRDE.
Após apresentar o histórico da ação BRDE-Coredes e fazer considerações sobre o conceito de desenvolvimento regional, Noronha comentou, um a um, os projetos do Consinos, tratando de identificar as providências e os arranjos institucionais necessários para possibilitar a captação de recursos, inclusive daqueles que não podem ser financiados pelo BRDE.
Em paralelo, na segunda parte da oficina, a equipe técnica do BRDE realizou a rodada de diálogo com os representantes de prefeituras e empresários. Houve demandas de recursos para infraestrutura viária – construção de ponte, estradas vicinais, pavimentação – iluminação pública, saneamento, construção de centro cultural e um projeto para uso de biodigestor na atividade de produção rural, entre outros.
Sobre o Consinos
O Consinos é composto por 14 municípios do Vale do Sinos: Araricá, Campo Bom, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Portão, São Leopoldo, Sapiranga e Sapucaia do Sul. Dos quase 2.000 projetos analisados pelo BRDE, 41 foram propostos pelo Corede Consinos.