BRDE alcança recorde histórico de desempenho com R$ 4,1 bilhões de contratos

BRDE alcança recorde histórico de desempenho com R$ 4,1 bilhões de contratos

Balanço revela aumento de 61.4% nos contratos em 2021 na comparação ao ano anterior e parcerias com novos fundos, nacionais e internacionais ajudaram reduzir impactos causados pela pandemia

Com R$ 4,1 bilhões em contratações, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) alcançou seu recorde histórico em 2021. No ano em que completou 60 anos de existência, o demonstrativo financeiro da instituição aponta a realização de mais de sete mil operações, o que representa um aumento de 61,4% em comparação ao ano anterior. “Foi um ano muito significativo para o BRDE, porque atuamos fortemente na economia dos três estados, injetando recursos que garantiram não só o desenvolvimento de grandes empresas, mas também assegurando a permanência de milhares de empreendimentos que enfrentaram a crise junto com a pandemia”, comemorou o presidente Wilson Bley Lipski.

 

Se garantir a economia em pleno funcionamento é uma das premissas do banco, em 2021 a instituição lançou mão de recursos próprios para minimizar os impactos da pandemia sobre a atividade econômica, o que representa um total de 10,7% das contratações. Além de suprir o crédito emergencial no ano anterior (2020), no ano passado, o BRDE obteve recursos adicionais e intensificou suas operações com instituições financeiras para incrementar o microcrédito.

 

De acordo com o vice-presidente e diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Marcelo Haendchen Dutra, em 2021 o BRDE manteve sua essência em promover o desenvolvimento em todas as áreas. “Prosseguimos com investimentos no agronegócio, na promoção de projetos sustentáveis e de inovação, no estímulo aos empreendimentos da mulher e do jovem e ainda mantivemos a taxa de inadimplência sob controle (atingindo 0,58% em dezembro) e aumentamos as receitas com a recuperação de créditos”, assegurou.

 

Resultado operacional

O BRDE fechou o período registrando um lucro líquido de R$ 266,6 milhões, montante 33,8% superior na comparação ao ano anterior.  Trata-se do segundo melhor resultado nominal já alcançado pelo banco na série histórica que inicia em 2001. “Considerando que vivemos em 2021 um cenário econômico ainda com fortes impactos da pandemia, sem dúvida alcançamos um resulto muito expressivo.  Buscamos melhorar nossos processos de gestão, oferecer maior agilidade no atendimento dos clientes. O BRDE, sem dúvida, se preparou para auxiliar os diferentes setores e entender as demandas de cada um para a retomada dos investimentos”, celebrou a diretora de Operações, Leany Lemos.

Além de manter a taxa de inadimplência em 0,58% sobre a carteira – entre as mais baixas de bancos de fomento do país, o BRDE fechou 2021 com novo recorde em termos de patrimônio líquido: R$ 3,4 bilhões (9,6% maior que o ano anterior). “Com isso, tivemos maior capacidade financeira para apoiar o desenvolvimento econômico e social da região Sul que é a nossa principal  missão”, comemorou Leany Lemos, ela que presidiu o banco até novembro de 2021, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo em 60 anos de história da instituição.

 

BRDE em números

O setor com maior volume destinado foi o de Comércio e Serviços, com valor de R$ 1,3 bilhão, seguido pela Agropecuária com R$ 904,1 milhões em créditos e a Infraestrutura, chegou ao valor de R$ 873,6 milhões. A variação percentual mais expressiva foi observada no Agronegócio, com 89,8% na comparação com 2020.

Em relação ao número de operações contratadas, 53,1% foram direcionadas aos produtores rurais e 44,3% às pequenas e médias empresas, dados que demonstram o sucesso do esforço do BRDE em apoiar os pequenos empreendedores, principalmente em época de dificuldade econômica.

Outro dado relevante para os resultados, está na ampliação de fontes de recursos com parcerias de fornecedores de créditos nacionais e internacionais. Do total contratado, 59,5% dos recursos vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seguido por aportes internacionais (15,7%), equivalente a R$ 649 milhões, oriundos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), três parcerias firmadas nos anos recentes com a internacionalização das fontes do BRDE.

 

Programas e Projetos

Com o propósito de fomentar renda, geração de emprego e retomar a economia do país no processo pós-pandemia, o BRDE incrementou programas, fortaleceu projetos e ampliou parcerias.

 

 

SC Mais Renda Empresarial – O programa beneficiou micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEIs) de Santa Catarina. A iniciativa foi viabilizada pela Secretaria de Estado da Fazenda e contou com a operacionalização feita pelo BRDE. O SC Mais Renda Empresarial concedeu R$ 263 milhões, somando mais de 6 mil contratos distribuídos em 218 municípios. Além dos financiamentos a juro zero, subsidiado pelo Governo do Estado, o impacto na manutenção dos empregos também é destaque com quase 15 mil empregos preservados.

Para o diretor financeiro do BRDE, Eduardo Pinho Moreira, o programa fomentou milhares de empresas catarinenses. “Ajustamos nosso foco procurando viabilizar crédito, especialmente capital de giro para o pequeno empreendedor. Além dos juros subsidiados, temos prazo de carência e amortização que atendem a necessidade de quem busca o recurso. Esses investimentos foram fundamentais para a retomada da economia do Estado com a contratação de mais mão de obra, abertura de novos empregos e geração de renda”, explicou.

 

BRDE LABS – No setor de inovação, foram elevados limites por fundos em empresas inovadoras de 1,8% para 2.5%, além do desenvolvimento do programa de aceleração de startups, o BRDE Labs, com soluções para empresas âncoras. Cerca de quatro mil pessoas foram impactadas com o programa, por lives, mentorias e treinamentos. 

 

Banco do Agricultor Paranaense – Instrumento criado pelo Governo do Estado do Paraná para auxiliar produtores rurais, cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e as agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia e programas destinados à irrigação. Em 2021, o valor contratado totalizou R$ 43,7 milhões, beneficiando 351 agricultores. “São linhas de financiamento destinadas ao desenvolvimento sustentável, inovação e tecnologia, a fim de melhorar a competitividade dos produtos do Paraná, por meio de subsídios, com a Fomento Paraná, Secretaria de Agricultura, cooperativas de crédito e o BRDE, com a finalidade de ajudar no crescimento de pequenos e médios agricultores” – explicou o diretor Administrativo, Luiz Carlos Borges da Silveira.

 

ODS – Em 2021, o BRDE aportou mais de R$ 1 bilhão em projetos que colaboram com os desafios do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2, com a participação significativa de investimentos na infraestrutura de produção de alimentos, incluindo projetos das diversas cooperativas que são tradicionalmente clientes do Banco. E financiou R$ 684 milhões, o que representa 20% das operações diretas em 2021, para projetos que contribuíram para os desafios do ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis: geração de energia por fonte renovável, saneamento, florestas comerciais, manejo e disposição de resíduos sólidos e uso ou reciclagem de resíduos.  

O diretor de Planejamento, Otomar Vivian, destaca a importância do banco ter implementado, em 2021, uma restruturação de sua matriz de programas e linhas de crédito, tornando a instituição ainda mais aderente à realidade global, aos critérios ESG e à Agenda 2030.  “Ao avançarmos nas parcerias com bancos internacionais, ampliamos o nosso compromisso com a sustentabilidade. Ao mesmo tempo, o BRDE teve um ano de forte atuação diante das demandas de cada setor neste período de retomada da economia, apoiando as pequenas empresas sem descuidar dos setores mais tradicionais da economia”, evidenciou o diretor.

 

BRDE Empreendedoras do Sul – Entre as novidades de 2021 está o programa BRDE Empreendedoras do Sul. Lançado no mês de março, com o objetivo de apoiar empresas que tenham mulheres no comando (ou com mínimo de 40% de sócias) e produtoras rurais. Agora sem limite de operação, o programa fechou o ano com a marca de  nos três estados do Sul, com R$ 96, 2 milhões em financiamentos.

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