O diretor-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Renê Garcia Júnior, participou na sexta-feira (28/11) de uma reunião com o presidente da RioFilme, Leonardo Edde, na sede da empresa, no Rio de Janeiro. O encontro foi dedicado ao avanço da execução dos editais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) lançados pela RioFilme neste ano. O encontro deu continuidade ao Arranjo-Projeto Específico RJ — modelo de coinvestimento regional que prevê R$ 100 milhões destinados ao fortalecimento da produção audiovisual carioca.
“O audiovisual brasileiro precisa de previsibilidade e confiança para crescer, e é isso que este arranjo, que existe há 13 anos, busca assegurar”, diz Garcia Júnior.
Pelo arranjo atual, a RioFilme conduz a seleção das propostas, a Ancine avaliza as escolhas e o BRDE é responsável pelas fases de contratação, desembolso de recursos e acompanhamento dos projetos. O desenho combina política pública, experiência local e rigor técnico em todas as fases do fomento.
Os editais em execução abrangem cinco linhas distintas: produção de longas de ficção ou animação, séries de ficção ou animação, obras documentais, desenvolvimento de projetos e distribuição de longa-metragem.
Na linha de longas de ficção e animação serão selecionadas, no mínimo, 22 propostas, com até R$ 59 milhões previstos. As séries de ficção e animação receberão um aporte total de R$ 16 milhões, a ser dividido em 6 ou mais propostas, enquanto documentários terão até R$ 12 milhões disponíveis, em um mínimo de 12 propostas. Outras 20 propostas de desenvolvimento dividirão R$ 5 milhões, e dez projetos de distribuição de longas contarão com até R$ 8 milhões.
“Estamos mostrando que é possível democratizar de fato o acesso aos recursos, em toda a cadeia produtiva. Quero ampliar ainda mais essa parceria – o que estamos construindo no Rio pode e deve ser referência para outras cidades e estados que queiram levar seu audiovisual a outro patamar”, observa Edde.
Desde 2012, o BRDE atua como agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), em parceria com o BNDES. O banco é responsável pela execução técnico-operacional das políticas públicas definidas pela Ancine e pelo Comitê Gestor do Fundo, realizando a análise documental, formalização e acompanhamento financeiro dos projetos selecionados. Essa atuação garante segurança jurídica, transparência e integridade na aplicação dos recursos públicos destinados ao fomento da cadeia produtiva do audiovisual brasileiro.
A reunião no Rio de Janeiro marca o início da fase de formalização dos contratos, etapa que antecede os desembolsos e o início da execução dos projetos escolhidos. Na primeira quinzena de dezembro, a RioFilme irá anunciar todos os projetos selecionados pelos editais do Programa de Fomento.
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