As diferentes abordagens e desafios para melhorar as estratégias de ação diante das enchentes cada vez mais recorrentes no Vale do Taquari foram tema de debates ao longo desta terça-feira (14/11), no auditório do prédio 7 da Univates, em Lajeado. Organizado pelo grupo A Hora e entidades da região, o seminário “Pensar o Vale Pós-Enchente reuniu gestores públicos, especialistas e estudiosos sobre o comportamento das enchentes da bacia hidrográfica Taquari-Antas. O evento contou com o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Na abertura do painel que abordou o tema dos financiamentos e ações para estruturas de proteção, o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, ressaltou a necessidade de estudos técnicos para orientar futuras decisões. “A realidade nos mostra que as emergências climáticas serão cada vez mais recorrentes e precisamos ter embasamento científico na tomada de decisão”, frisou.
Ranolfo relatou, também, as ações adotadas pelo banco para socorrer as empresas atingidas pela maior enchente já registrada na região, entre elas a carência de um ano nos pagamentos dos financiamentos. Ele igualmente destacou a missão do Banco Mundial que veio ao Rio Grande do Sul para conhecer a extensão do desastre, incluindo uma vista a municípios do Vale no final de outubro. A partir dos relatórios que recebeu das equipes do governo do Estado, a comitiva percorreu as áreas mais atingidas na região para conhecer in loco os impactos do desastre climático.
Sul Resiliente
O vice-presidente mencionou, por fim, a possibilidade do BRDE auxiliar os municípios através do programa Sul Resiliente, que disponibiliza às prefeituras da região Sul uma linha de financiamento específica para projetos e qualificação da infraestrutura para atenuar impactos de desastres naturais. Além de investir em obras para evitar desastres naturais e eventos climáticos, o programa permite aos municípios a elaboração de projetos de engenharia, como mapeamento de risco e planos de contingência, treinamento de servidores municipais ou aquisição de sistemas e equipamentos para monitoramento de risco.
Fotos; Juliana Roll/BRDE
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