Armazenagem e crises climáticas são os maiores desafios ao futuro do agro gaúcho, aponta Ranolfo

Armazenagem e crises climáticas são os maiores desafios ao futuro do agro gaúcho, aponta Ranolfo

Ampliar a capacidade de armazenagem de grãos e incorporar medidas para enfrentamento às emergências climáticas estão entre os principais desafios ao futuro do agronegócio no Rio Grande do Sul. Opinião neste sentido é do vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior. “Os eventos climáticos serão cada vez mais constantes, sendo fundamental estarmos preparados para os momentos de crise. Basta observar os efeitos da última estiagem no desempenho da nossa economia”, afirmou Ranolfo ao participar, neste sábado (dia 7/10), do 2º Simpósio Agro/RS 2023, realizado em Bento Gonçalves.

Durante painel, ao lado de importantes lideranças do setor abordando as megatendências para o setor, Ranolfo mencionou que as emergências climáticas exigirão ampliar a área irrigada, adotar planos de contingência e uma estrutura de monitoramento para mitigar os efeitos dos desastres naturais. “O investimento em irrigação é estratégico, pois além de evitar quebra de safras poderá viabilizar, por exemplo, a cultura do milho, o que teria impacto positivo para o setor de proteína animal. Hoje o estado é dependente de outras regiões”, acrescentou.

Ainda com uma capacidade inferior para receber todo o volume de grãos previsto para a safra deste ano, a armazenagem é igualmente estratégica para garantir maiores ganhos ao produtor rural. “Para este ano, o BRDE deverá alcançar R$ 500 milhões em novos investimentos para armazenagem. Precisamos avançar, até mesmo para viabilizar as culturas de inverno”, alertou. O programa Duas Safras foi lançado no ano passado, quando Ranolfo era governador do Estado.

Etanol
Durante sua participação no simpósio, o vice-presidente mencionou que o BRDE está em tratativas e recebeu sondagens de projetos para produção de etanol no RS que somam cerca de R$ 2 bilhões. “O banco tem compromisso em apoiar projetos que tenham esse alinhamento com a sustentabilidade. Somos o banco verde”, sintetizou. Ranolfo elencou ainda a necessidade de maior nível de industrialização da produção do campo e investimentos em inovação e pesquisa como importantes desafios para o futuro do agro.

O vice-presidente do BRDE destacou, ainda, que 60% do volume de financiamentos do banco na região Sul é voltado para a cadeia do agro. “Diante da importância do setor para o desenvolvimento do nosso estado e da região, o banco é um grande parceiro do agro”, arrematou Ranolfo.

O painel contou também com as participações do vice-presidente do Grupo Be8, Leandro Luiz Zat; do presidente do Rede SIM, Neco Argenta, e do Ceo da 3tentos, Luiz Osório Dumonvel. O debate teve o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, como mediador. Organizado pela Albarello&Schmitz, o simpósio teve ainda a participação do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Ele coordenou painel com as presenças do subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, e do ex-governador Germano Rigotto

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