Para auxiliar na retomada das atividades e atenuar os prejuízos com as enchentes que desde o início da semana afetam o Rio Grande do Sul, em especial no Vale do Taquari e na Serra, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) irá suspender por um ano o pagamento de empréstimos para empresas cujos negócios foram prejudicados pelas cheias mais graves já registradas em algumas regiões. Além de congelamento temporário das dívidas com a repactuação de contratos, conhecido como standstill, o banco igualmente está buscando viabilizar linhas de crédito emergencial para a retomada das atividades econômicas.
As medidas foram anunciadas nesta quarta-feira (dia 6/09) pelo vice-presidente e diretor de Operações do banco, Ranolfo Vieira Júnior, e pelo diretor de Planejamento, Leonardo Busatto, após reunião com os demais integrantes de diretoria. “Somos solidários às famílias que tiveram vítimas fatais com essa que já é considerado a maior tragédia natural do estado. Ainda é hora de resgatar pessoas ilhadas e socorrer quem perdeu quase tudo, mas cabe ao BRDE auxiliar na recuperação das atividades nas indústrias, cooperativas e do comércio”, mencionou Ranolfo.
Conforme Busatto, o BRDE já está buscando alinhar com os demais parceiros, em especial com o BNDES, a possibilidade de disponibilizar linhas emergências para aquisição de máquinas, obras físicas e inclusive capital de giro. “Todo o esforço será no sentido de apoiarmos as empresas nessa retomada sempre difícil. São duas regiões que concentram importantes clientes do banco de diferentes segmentos, importantes para a economia local”, observou o diretor de Planejamento. Além de provocar inúmeras mortes, as enchentes deixaram cidades inteiras sem comunicação, empresas e residências submersas.
Prevenção
Em termos de prevenção a desastres naturais, o banco tem à disposição das prefeituras o programa Sul Resiliente, cm recursos captados junto ao Banco Mundial. O programa é direcionado a projetos de qualificação da infraestrutura dos municípios para atenuar impactos de desastres naturais e riscos relacionados ao clima, como inundações e deslizamento.
Além de investir em obras para evitar desastre naturais e eventos climáticos, os municípios poderão utilizar o dinheiro para a elaboração de projetos executivos, como mapeamento de risco e planos de contingência, treinamento de servidores municipais ou aquisição de sistemas e equipamentos para monitoramento de risco.
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