A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que reúne 34 instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) no país, elegeu a nova diretoria nesta quarta-feira (24). O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, é o novo presidente da entidade, eleito em chapa única por aclamação. José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, e Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná, são os dois novos vice-presidentes. A diretoria eleita também é composta por representantes de outras sete instituições espalhadas pelo país: Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Cresol, Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) e Banpará.
Pansera é ex-ministro de Ciência e Tecnologia no governo Dilma Rousseff. Ele terá mandato de dois anos no novo posto e ocupará o lugar de Jeanette Lontra, presidente do Badesul Desenvolvimento e primeira mulher a comandar a associação.
“O BRDE fortalece sua parceria com a ABDE, ao integrar essa nova diretoria, por meio nossa diretriz de desenvolvimento social e econômico da Região Sul, tornando o crédito um instrumento para realizar projetos de vida”, comentou o presidente do banco, Wilson Bley Lipski”.
Heraldo Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná, disse que com a nova diretoria a expectativa é que o Sistema Nacional de Fomento (SNF) possa continuar priorizando a Agenda 2030, colocando o crédito como instrumento importante para a inovação, descarbonização da economia e inclusão produtiva. “Tenho também expectativa de que os grandes bancos, como o BNDES, CEF e BB, principalmente, possam também a aproveitar a capilaridade do associados da ABDE e compartilhar mais recursos e riscos para aumentar a disponibilidade de crédito orientado e de longo prazo para financiamento das atividades econômicas, principalmente as micro, pequenas e médias empresas”, afirmou Neves.
REPRESENTAÇÃO — Com ações focadas no Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável, a associação é responsável pelo SNF, que registrou mais de R$ 5 trilhões em ativos, até o terceiro trimestre de 2022. O SNF responde por 94% da carteira de crédito para o financiamento ao setor público, 86% da carteira de crédito para investimentos em infraestrutura e 81% do crédito rural brasileiro.
De acordo com a associação, as micro e pequenas empresas foram as que mais realizaram operações. O Pronampe, programa de crédito lançado em meio à pandemia com avais da União, foi o carro-chefe dos empréstimos.
Ao todo, segundo o levantamento da ABDE, as micro e pequenas empresas contrataram R$ 108 bilhões em mais de 1,4 milhões de operações no país, até março de 2023, conforme dados mais recentes.
O Sistema Nacional de Fomento, de acordo com a entidade, foi responsável por 78,7% do valor contratado, o equivalente a R$ 85,1 bilhões. No total, 524,4 mil microempresas foram beneficiadas com R$ 26,1 bilhões; e 544,5 mil pequenas empresas, com R$ 81,5 bilhões. Elas absorveram 24% e 75% dos recursos do programa, respectivamente. O restante ficou com microempreendedores e profissionais liberais.
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