Encerramento do BRDE Labs 2022 traz novos olhares sobre inovação e ESG com startups finalistas, palestras, painéis e rodadas de negócios

Encerramento do BRDE Labs 2022 traz novos olhares sobre inovação e ESG com startups finalistas, palestras, painéis e rodadas de negócios

Evento “Atmosfera” promovido pelo BRDE, com Amcham e Hotmilk (PUCPR) foi uma prévia do South Summit 2021

No encerramento do programa BRDE Labs Paraná 2022, foram apresentadas as soluções criadas pelas dez startups finalistas, a partir dos desafios propostos pelas nove empresas parceiras, incluindo o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A finalização do projeto ocorreu durante o evento “Atmosfera: Conectando inovação e sustentabilidade a grandes negócios”, realizado pelo BRDE e Hotmilk – Ecossistema de Inovação da PUC/PR, nesta quinta-feira (15).
Cada empresa iniciante escolheu um dos desafios, com o foco em ESG (práticas ambientais, sociais e de governança), para solucionar. Durante a última fase do BRDE Labs, realizado em parceria com a AMCHAM, as empresas âncoras selecionaram as startups com as melhores resoluções dos problemas apresentados, para a aceleração. Das dez finalistas, oito apresentaram as soluções desenvolvidas ao longo do programa, durante o evento “Atmosfera”.

“O BRDE é um grande parceiro daqueles que buscam fazer inovação e sustentabilidade, e o programa BRDE Labs é uma maneira de fazermos isso incluindo outras instituições e perspectivas, enquanto ajudamos pequenos negócios”, comentou o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski. “Esse evento é uma oportunidade de aproximação, de inovação, de sustentabilidade, mas mais do que isso é uma forma de estabelecermos novos trajetos, para que possamos encontrar nossos objetivos”.

Para o vice-reitor da PUC, Vidal Martins, é importante para a universidade receber um evento na área de inovação que envolve ESG. “Nós formamos cidadãos, perspectivas e conceitos dentro deles, e poder trazer para dentro do nosso espaço um evento que coloca em prática discussões e trabalhos efetivos sobre inovação com sustentabilidade, é algo que beneficia tanto aos alunos, quanto a nós”, concluiu.

E o diretor da Hotmilk, Fernando Luciano disse que o evento é uma oportunidade para todos os presentes se conectarem. “O ‘Atmosfera’ foi criado visando a inovação, a sustentabilidade e a governança, que também foram os grandes pilares do BRDE Labs. Hoje, os convido para inovarem, fazerem negócios e aproveitarem esse momento de conexões.”

Ativo nos três estados do Sul, o BRDE Labs foi criado para acelerar o desenvolvimento no ambiente de inovação, em nível estadual, associados às necessidades dos ecossistemas locais. Em sua terceira edição (PR e RS), o programa tem parcerias com universidades, parques tecnológicos, empresas, indústrias.

BRDE como âncora

Nessa edição, o BRDE participa pela primeira vez, como empresa parceira dentro do programa. As startups que receberam mentoria pelo banco na última fase do processo, foram AKVO-ESG e Busca Terra, que solucionaram os desafios “Cálculo e compensação da emissão de gases de efeito estufa” e “Levantamento de dados e análise automatizada de imóveis rurais”, respectivamente. A Ororo ficou responsável pelo desafio “Avaliação de risco ESG voltado a fornecedores”, proposto pela empresa BREE. Já a Qualitystorm, apresentou sua solução para “Gestão automatizada de processos e integrada entre as várias unidades de negócio”, proposto pela Frísia. O problema “Redução de impactos negativos que a suinocultura gera ao meio ambiente por meio de soluções inovadoras para captação, liquefação, envasamento e utilização do biogás, envolvendo os proprietários de pequenas propriedades rurais”, da Friovatti, foi resolvido pela startup Luming Inteligência Energética. A Igo Logística, selecionada pela Intecso, ficou com a “Logística de transporte de amostras de grãos para análises laboratoriais”. A questão de “Soluções imersivas para substituição de showroom”, feita pela Marel, foi apresentada pela Mix Reality. Por fim, a startup Sustain, apresentou a solução para “Mapeamento, monitoramento e avaliação automatizada de práticas ESG”.

As pequenas e grandes empresas participantes do programa receberam um troféu de reconhecimento, durante a confraternização.

Foram inscritas no programa 163 startups, com 288 propostas de soluções para os desafios dispostos. Com o processo de captação, 71 negócios passaram para a fase de pitch ao vivo. Após o fim da segunda fase, foram selecionadas 19 empresas e 23 soluções, que prosseguiram para a fase de imersão. Assim, foi possível que as empresas âncoras e iniciantes se conhecessem com mais profundidade, para averiguar a possibilidade de implementar as resoluções propostas. A fase final, de aceleração, contou com dez startups, sendo duas delas filiadas ao BRDE, para as nove empresas mentoras.
Os desafios lançados pelo banco, no início do processo, tiveram 73 soluções inscritas e, após um processo de captação, o número reduziu para oito, com duas startups para cada obstáculo. Sete delas seguiram para a fase de imersão, e a partir destas, AKVO-ESG e Busca Terra passaram para a última fase.

O evento – Realizado de maneira presencial, na sede da aceleradora Hotmilk PUCPR, o “Atmosfera” contou com palestras e painéis voltados para o tema ESG.
No painel apresentado pelo BRDE, o presidente Bley falou sobre como utilizar a inovação para alavancar as práticas ESG. “Nós devemos transformar as ideias de sustentabilidade em atos concretos, pois na maior parte das vezes esses conceitos ficam no papel. A inovação não é tecnologia, é mudança de comportamento. As práticas não sustentáveis do nosso dia a dia, estão enraizadas, são comportamentais, e é isso que precisa de mudança”, ressaltou.

O South Summit Brazil, apresentou o painel de como as empresas e os fundos estão investindo em ESG. O Summit também foi apresentado pelo CEO do projeto, Thiago Ribeiro, que falou do evento de inovação. “O South Summit atua em prol de uma transformação com postura sustentável, diversa e inclusa. Temos o objetivo de transformar o futuro, a partir da construção do ecossistema envolvendo investidores e startups.”, falou Thiago.

O Dev the Devs, desenvolvido pelo BRDE, em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e PUC/RS, teve sua apresentação realizada pelo superintendente do banco, Paulo Starke Junior, como programa de formação gratuita para estudantes do ensino médio público na área de TI. “É um despertar para os jovens, eles descobrem o que desejam fazer. Programas que estimulam o aprendizado podem mudar a vida dos estudantes. O Dev The Devs, tem aulas teóricas e práticas, assim, os alunos terão currículos construídos com experiência, e serão direcionados ao mercado de trabalho na área de inovação”, falou Paulo.

Foram convidados para o evento os alunos Yasmin Souti, de 18 anos de idade, e Otavio Dias, de 16 anos, que participaram da última edição do programa.
“É uma oportunidade para nós aperfeiçoarmos o que já conhecemos da programação, assim como aprender linguagens e partes novas da área.”, falou Yasmin.

Ainda foram realizadas palestras de abertura e encerramento. A apresentação de Dani Arruda, teve o tema “Inovação em grandes corporações: a mudança começa em você”, que contou sobre sua jornada como cofundadora da Babel Venture, empresa de investimento com o objetivo de resolver alguns dos maiores desafios da humanidade. Já no encerramento, o assunto foi “Inovação: os desafios dos negócios sociais”, pelo fundador da Central Única das Favelas (CUFA), Celso Athayde, que também criou a Favela Holding, grupo de mais de 20 empresas com o objetivo e desenvolvimento das favelas.

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