Carro elétrico, projeto para instalação de placas fotovoltaicas, bicicletário para colaboradores e reciclagem de materiais são algumas das ações adotados pela agência de Curitiba, que teve como base estudo da UFPR
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) intensifica medidas sustentáveis, para se tornar o primeiro banco verde do Brasil. Para isso, a instituição já adota ações que reduzem a emissão de gases do efeito estufa, com base no Inventário de Emissão de GEE realizado na Agência de Curitiba em 2022, divulgado esse mês. Entre elas, está a utilização de veículo elétrico e a instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica na agência de Curitiba prevista para funcionar ainda nesse ano, entre outras ações em andamento.
“É um novo alinhamento que trazemos para o BRDE e que chamamos de comportamento verde. Desde 2019, nossa equipe trilha pelo planejamento estratégico, para que possamos nos tornar o primeiro banco verde do Brasil”, explicou o presidente, Wilson Bley Lipski. Pensando nisso, a instituição propõe a transformação por meio de uma nova mentalidade dentro do próprio banco. Uma das ações operacionais que refletem essa mudança, foi quando o BRDE destinou mais de R$ 2,4 bilhões em créditos para projetos que estão alinhados a pelo menos um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses recursos estão acessíveis nos macroprogramas Mais Sustentabilidade Ambiental e Mais Energia Sustentável, que a partir de agora exibirão um selo ODS para identificar em qual ação estão enquadradas.
Contudo, além do apoio a projetos sustentáveis, Bley destaca que as ações devem começar dentro da própria instituição. “O banco tem uma postura contemporânea de transformação e está fazendo mudanças que acompanham os novos tempos”, disse Bley. “Pensando na nossa responsabilidade social, estamos construindo um diálogo com a sociedade começando por atitudes próprias, para inspirar pessoas nesse momento de transformação. A sustentabilidade e o pensamento verde passam a ser comportamentos do BRDE”, completou.
O carro elétrico, que já está em circulação, é resultado do programa VEM PR, uma parceria estabelecida entre o Governo do Estado, por meio da Superintendência Geral de Inovação da Casa Civil – SGI/CC, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI e a Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (FPTI) no desenvolvimento de soluções tecnológicas em mobilidade. O veículo foi entregue na manhã dessa segunda-feira (23), no Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões. Ainda na linha da mobilidade, o presidente destacou outro projeto: a criação de um bicicletário moderno que estimule novos meios de locomoção mais sustentáveis entre os colaboradores.
A fim de diminuir os impactos ambientais e seguir com o propósito de se tornar um banco verde, está prevista a instalação de um sistema de energia fotovoltaica para 2022, que contribuirá para a economia de energia elétrica consumida da AGCUR, e a agência também está instalando lâmpadas externas com sensores fotovoltaicos. Houve já em anos anteriores, a substituição das lâmpadas da agência por LED e a atualização da frota própria com veículos novos e menos poluentes, a instalação de cisterna e reservatórios elevados para reaproveitamento de água de chuva, a eliminação de uso de copos plásticos, a instalação de película termoisolante em vidros da recepção para redução do consumo de energia e a adoção do descarte seletivo de resíduos com lixeiras separadas por tipo de lixo.
Além disso, o BRDE, em Curitiba, criou a horta comunitária dos funcionários terceirizados e, tanto a agência quanto a Chácara da Associação têm bosques com diferentes espécies de árvores, o que também ajuda a neutralizar as emissões.
Saiba mais sobre o estudo
O inventário de 2022 foi pautado nas emissões do período 2017 a 2021, abrangendo a Agência de Curitiba, o bosque e o Espaço Cultural BRDE, no bairro Alto da Glória, o Barracão do BRDE no bairro Pinheirinho, também em Curitiba, e a Chácara da Associação de Funcionários da AGCUR, em Piraquara, na Região Metropolitana. O documento tem como objetivo identificar e quantificar as emissões de gases do efeito estufa, para guiar o desenvolvimento de ações mitigadoras que visem reduzir ou neutralizar o efeito desses gases no meio ambiente.
O estudo liderado pelo professor Carlos Sanquetta da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), analisou três tipos de emissões: as provenientes de fontes que pertencem ou são controladas pela empresa em suas operações, como os veículos do BRDE e a refrigeração de ar da agência; as emissões da geração de eletricidade comprada e consumida pelo banco; e as decorrentes de atividades da empresa, porém, produzidas por fontes de fora da empresa, como as viagens a negócios e o deslocamento entre casa e trabalho. Essa última é, segundo o inventário, a mais impactante fonte de gases do efeito estufa na agência. Os veículos próprios, as viagens aéreas e o consumo de energia elétrica também são emissores significativos.
As ações de mitigação propostas no inventário contemplam, também, mudanças simples no cotidiano da empresa que trarão benefícios importantes e imediatos.
VOLTAR