Time foi beneficiado pela Lei de Incentivo ao Esporte. Edital da lei de incentivos está previsto para ser aberto para inscrições em junho
Ano após ano, o Handebol Maringá tem formado atletas de alto rendimento que são escalados para as seleções brasileiras da modalidade, em várias categorias. Além disso, o trabalho contínuo da Associação Maringaense de Handebol (AMH), desde 1997, tem garantido acesso a prática esportiva, com possibilidade de formação universitária, a jovens atletas. A AMH foi uma das beneficiadas no último edital de incentivos fiscais (2021) do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O recurso vai auxiliar na manutenção de bolsa para 32 atletas das equipes principais da associação, além de custeio de materiais e outras necessidades dos times. O próximo edital para inscrição de projetos da lei de incentivos fiscais, está previsto para ser aberto em junho.
Em parcerias com instituições públicas e privadas, a AMH tem conquistado posição de destaque nas competições em nível estadual e nacional. O Handebol Maringá é o maior vencedor de títulos dos Jogos Abertos do Paraná e da Liga Paranaense de Handebol, na categoria masculino. As equipes principais, masculina e feminina, tem como foco a participação no Campeonato Paranaense de Handebol Adulto, Jogos Abertos, Jogos Universitários e Liga Nacional. Hoje as duas equipes têm 55 integrantes, entre comissão técnica e atletas. “Nosso objetivo é poder ajudar jovens talentos a conseguir se manter na prática da modalidade, e assim, não abandonando para ir para outra equipe ou para trabalhar para pagar a faculdade”, garante o coordenador de projetos e técnico do time feminino, Marlon de Araújo.
A partir de convênio com a Faculdade Unicesumar, a associação fornece gratuitamente ensino superior aos seus atletas. Nos últimos oito anos, cerca de 60 atletas se formaram no ensino superior dessa forma. Os projetos para a lei de incentivo e a parceria com o poder público municipal possibilitam ajuda de custo, estrutura física para os treinos e materiais. E os apoios de empresas locais proporcionam benefícios como acesso a academia e fisioterapia. Para os que são de outras cidades, a AMH custeia moradia e alimentação.
Alto rendimento
Frequentemente o Handebol Maringá forma atletas para as seleções brasileiras disputarem campeonatos sul-americanos, mundiais e olímpiadas, em razão do nível técnico dos jogadores. Dessa forma, Maringá se tornou referência de handebolistas e um dos principais polos da modalidade no país.
Esse ano as atletas Anna Júlia da Silva (goleira), Lara Michele Gotardo (ponta direita) e Lauani Pereira Rocha (lateral direita) integraram o time do Brasil, vice-campeão no Campeonato Sul- Centro Americano, que aconteceu em março em Buenos Aires (ARG). Elas ajudaram a Seleção Brasileira a conquistar uma vaga no mundial sub-20 que ocorre na Eslovênia entre 22 de junho e 3 de julho.
Em 2021, o técnico da equipe masculina Leonardo Bortollini, foi convidado a integrar a equipe da seleção brasileira adulta como auxiliar técnico, e disputou o Mundial no Egito e a Olímpiada de Tokyo. Outros destaques são os atletas Henrique Texeira, Gabriela Moreschi e Adriana Cardoso, formados nas categorias de base do Handebol Maringá, e que também jogaram o Mundial e a Olímpiada em Tokyo.
“O maior desafio é tentar melhorar cada vez mais a estrutura para dar uma condição melhor de trabalho, tanto para a comissão técnica, como para atletas”, comenta o técnico Leonardo Bortollini. Cidadão maringaense, ele mesmo foi um dos talentos do handebol despontados a partir das categorias de base em um clube da cidade. Atuou em grandes times no Brasil, tais como Vasco e Esporte Clube Pinheiros, além de representar a seleção brasileira como jogador e mais recentemente como técnico.
O ex-goleiro da seleção brasileira de handebol, Rick Milles, hoje atua na equipe técnica do Handebol Maringá e é atualmente o presidente da associação. Ele destaca a atuação da AMH no trabalho social que insere crianças e adolescentes na prática esportiva, o que possibilita identificar talentos e formar atletas para as equipes adultas. Para Milles, o trabalho socioeducativo é um dos principais benefícios da prática esportiva na cidade. “Um dos principais objetivos é tirar as crianças da rua. A criança pratica o esporte e não fica sedentária em casa, não fica sozinha ou com o tempo ocioso”, comenta. A partir de julho deste ano, a associação retoma o trabalho social em dois núcleos para atender cerca de 80 adolescentes com idades entre 12 e 16 anos.
Leis de Incentivo Fiscal
Em 2021, o BRDE destinou R$ 4,6 milhões, por meio das leis de incentivo fiscal, igualmente distribuídos entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. No Paraná, 37 projetos receberam apoio no valor de aproximadamente R$ 1,8 milhão. “Essa é uma política instituída no banco, que por meio de chamamento público, escolhe bons projetos sociais e culturais para serem apoiados por nossos incentivos. Dessa forma estamos devolvendo à sociedade um pouco daqueles resultados que o banco tem e fazendo com que haja promoção social para todos”, explica o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Para quem deseja cadastrar seu projeto para receber aporte por parte do BRDE, o cadastro inicia em junho e vai até outubro no endereço eletrônico: https://www.brde.com.br/incentivos-fiscais/
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