Na primeira semana do programa com juros pagos pelo governo do Estado, BRDE já recebeu 2.800 pedidos de crédito
O programa Juro Zero RS fechou a primeira semana em operação atingindo a marca de R$ 165,2 milhões de financiamentos, com 4.304 pedidos recebidos pelas instituições bancárias. Os resultados acumulados até o final do dia desta terça-feira (8/2) foram divulgados pela diretoria técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC).
Deste volume em crédito aprovado e que terão os juros pagos pelo governo do Estado, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) contabiliza R$ 118,8 milhões. Através das cooperativas conveniadas, o banco já recebeu 2.800 pedidos de financiamento. Mais da metade (1.466 pedidos) são operações para microempresas, segmento para o qual o BRDE ainda dispõe de R$ 38 milhões.
Para Micro Empreendedores Individuais (MEIs), o fundo ainda disponível no BRDE é de R$ 150 milhões. Para atender a demanda do programa e recorrendo a recursos próprios, o BRDE atua exclusivamente através das cooperativas vinculadas aos sistemas CRESOL, SICREDI, SICOOB e UNICRED.
Do total de R$ 600 milhões estimados para o programa, 20% são reservados para microempreendedores individuais (MEIs), enquadramento que possui o maior volume de recursos ainda disponíveis. Até o momento, considerando também as operações realizadas através do Badesul, 952 MEIs tiveram aprovação do crédito, o que representa investimento superior a R$ 8,8 milhões. O segmento com maior volume de recursos contratados é o de empresas de pequeno porte (EPP), que realizou mais de 1,6 mil operações, movimentando R$ 101,2 milhões. E 2,2 mil microempresas gaúchas tiveram acesso a mais R$ 55,2 milhões para investir com juro zero.
Operações Juro Zero* *Até 08/02/2022 |
Enquadramento | Valor aprovado | Operações |
EPP | R$ 101.253.169,08 | 1.653 | |
MICRO | R$ 55.200.540,00 | 2.227 | |
MEI | R$ 8.809.195,00 | 952 | |
Total | R$ 165.262.904,08 | 4.304 |
- Fonte: SEDEC/RS (BRDE + Badesul)
Para acessar o crédito, as empresas devem se enquadrar como MEI (com receita de até R$ 81 mil); microempresa (com faturamento entre R$ 81 mil e R$ 360 mil); EPP (com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões). Somente o enquadramento não é suficiente para garantir o financiamento. Além de serem sediadas no Rio Grande do Sul, os empréstimos estão sujeitos a análise de crédito, que considera a capacidade de endividamento das empresas e a situação regular junto às Receitas Estadual e Federal, ao INSS e ao FGTS.
O programa Juro Zero disponibilizou R$ 100 milhões dos cofres públicos para subsidiar juros das operações de crédito, no entanto, o Estado não é garantidor das operações. A estimativa é de que cerca de R$ 600 milhões possam ser contratados através do programa, realizado com recursos dos bancos de fomento econômico, que analisam documentação cadastral e capacidade de pagamento dos tomadores de crédito. Empresas que atrasarem prestações dos financiamentos terão de assumir juros e outros encargos decorrentes do não pagamento dos empréstimos em dia.
VOLTAR