Todos os anos o cinema nacional movimenta pelo menos R$ 25 bilhões, ganhando cada vez mais destaque nos índices do PIB. Para que o setor continue se desenvolvendo e movimentando a economia do País, uma das principais linhas de financiamento para a produção audiovisual é o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que tem entre os principais fomentadores o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).
Neste ano, diante da crise ocasionada pelo coronavírus, o comitê gestor do FSA, junto ao Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Ancine, aprovou a linha de crédito emergencial para o setor audiovisual por meio de recursos administrados pelo BRDE e BNDES.
O aporte servirá para a manutenção financeira do setor durante a pandemia, visando a proteção de empregos e empresas.
O valor total da linha fornecida pelos bancos será de R$ 400 milhões. Para ter acesso ao crédito, o solicitante é obrigado a comprovar que não houve demissões no quadro permanente do beneficiário.
“Compreendemos a relevância de apoiar a cultura brasileira através do setor audiovisual. O cinema é um ramo que cresce significativamente a cada ano e apresenta uma relevância não só no importante meio cultural, mas também no econômico, gerando muitos empregos diretos e indiretos e contribuindo para o PIB do país”, destaca o diretor-administrativo do BRDE, Wilson Bley Lipski.
CONEXÃO COM A CULTURA- Desde o início, o BRDE é agente operador do Fundo em contrato firmado com o BNDES sob a interveniência da Ancine, com validade de cinco anos. Em 2013, o valor contratado representou pouco mais de R$ 68 milhões. Com o notório crescimento do setor no Brasil, em 2017, um novo contrato foi assinado, tendo o mesmo tempo de durabilidade e prevendo um repasse de recursos de até R$ 5 bilhões.
Desde o início de sua participação no FSA, o BRDE executa atividades que abrangem a etapa que precede a seleção dos projetos, o desenvolvimento e a disponibilização da plataforma para a inscrição dos projetos (Sistema FSA), a revisão dos Editais e das minutas de contrato, além da etapa final de acompanhamento dos projetos.
No que se refere ao valor de recursos desembolsados, o FSA apresentou um crescimento exponencial de R$27 milhões em 2013 para R$ 542,3 milhões no último ano.
“Apenas em 2019, o BRDE realizou a triagem documental de 343 projetos e de 145 cumprimentos de objeto. Também foram analisados cerca de 1.700 relatórios de comercialização, dos quais 805 apresentaram retornos para o FSA, com um montante retornado de R$ 11 milhões somente nesse ano”, afirma Bley.
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