O levantamento preliminar do Banco de Desenvolvimento Regional do Extremo Sul (BRDE) indica que pelo menos quinhentas empresas catarinenses estão sendo beneficiadas na primeira fase do projeto de apoio econômico durante a pandemia do novo coronavírus. Quase um terço dos R$ 100 milhões destinados pelo banco de fomento para microcrédito e capital de giro já se encontram em pedidos na carteira e logo começarão a chegar às empresas das mais diversas regiões do estado através de parcerias com entidades como o Sebrae e cooperativas de crédito.
“Por sua capilaridade, estas entidades facilitam o acesso ao crédito, permitindo que os recursos sejam distribuídos de maneira homogênea”, explica o Diretor Presidente do BRDE, Marcelo Haendchen Dutra. Segundo ele, houve um grande esforço do Banco para consolidar essas parcerias, acarretando em um pequeno atraso no início das operações, mas que “está sendo compensado pela pulverização dos recursos a todas as regiões do estado de Santa Catarina, para que estes cheguem até as empresas que geram emprego e desenvolvem a economia do estado, e que mais precisam de ajuda neste momento”.
Só o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), que apoia o BRDE com o recebimento de pedidos e análise de documentos, já processou mais de 400 pedidos de financiamento para capital de giro. São projetos de até R$ 200 mil e que, juntos, somam R$ 26 milhões. A região da Foz do Rio Itajaí Açú é a que mais procurou a linha de financiamento emergencial, seguida das regiões Norte e Oeste do estado. Sicoob, Sicredi, Cresol Sicoper e Sulcredi também começam a operar a nova linha de capital de giro, que tem como foco a manutenção das operações – e de empregos – em micro, pequenas e médias empresas catarinenses.
MICROCRÉDITO – Além da linha para capital de giro o BRDE destinou recursos para microcrédito. A primeira parceira a operacionalizar contratos desta linha é a Sicoob Credinorte, que atende Mafra e municípios vizinhos. A cooperativa de crédito vai intermediar a distribuição de R$ 2,5 milhões que vão garantir pelo menos 125 operações. São empréstimos de R$ 5 mil a R$ 20 mil, exclusivos para Microempreendedor Individual (MEI).
Normalmente em operações como esta, instituições parceiras tem liberdade para conceder os empréstimos com taxas de juro que considerem adequadas. Desta vez, tendo em vista a delicada situação financeira dos empreendedores, o BRDE condicionou o repasse de recursos à fixação de uma taxa única. Os empréstimos concedidos por parceiros nesta linha de financiamento, empregando recursos do BRDE, podem ter juro máximo de 1% ao mês. “É uma amarra importante, que democratiza o crédito de fato”, explica o Diretor Presidente do BRDE. Segundo Marcelo Haendchen Dutra, as ações elencadas pelo BRDE para concessão de crédito estão “em linha com a estratégia do Governo de Santa Catarina”, que é um dos controladores do Banco. E integram um pacote de iniciativas emergenciais que estão reunidas neste link.
Mais informações:
Deborah Sabatini Silva – Assessora de Comunicação Santa Catarina.
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