BRDE chega a R$ 2,36 bi em contratações e tem maior diversificação de fontes de recursos da história

BRDE chega a R$ 2,36 bi em contratações e tem maior diversificação de fontes de recursos da história

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) superou em 2018 os resultados do ano anterior e atingiu a maior diversificação de fontes de recursos de sua história. As contratações nos três estados do Sul chegaram a R$ 2,36 bilhões no ano passado, valor superior ao registrado em 2017, quando as operações somaram R$ 2,18 bilhões.
“Chegamos a esses resultados, atingindo a meta para 2018, mesmo com o cenário econômico ainda desfavorável, a limitação de investimentos nos municípios estabelecida pela legislação eleitoral, a redução nos repasses do BNDES e as alterações nas taxas de juros, com a substituição da TJLP pela TLP”, comemora o presidente do BRDE, Orlando Pessuti.
Além da receita operacional, contribuíram para os bons resultados de 2018 a redução de custos, proveniente do programa de demissão voluntária, e a manutenção de níveis aceitáveis de inadimplência, medidas que promoveram o crescimento sustentável do Patrimônio Líquido do banco em 6,8%, o que permitirá a alavancagem de mais financiamentos nos próximos anos.
As contratações feitas pela Agência Paraná do BRDE representam 32,89% do total de R$ 2,36 bilhões em financiamentos, o equivalente a R$ 776,4 milhões investidos em empreendimentos no Estado. Dado o perfil econômico do Estado, o agronegócio é o setor com maior representatividade nos financiamentos no Paraná em 2018.
Desafio – O grande desafio do BRDE em 2018 foi buscar novas fontes de recursos, (fundings), diante da redução de repasses do BNDES, historicamente o maior parceiro do banco. Para diminuir a dependência do BNDES e principalmente captar mais recursos, o BRDE elaborou uma política de diversificação de fundings, buscando parceiros dentro e fora do país.
Foi assim que o BRDE tornou-se agente financeiro do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e do Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e operacionalizado via BNDES. Além disso, o BRDE fechou as duas primeiras parcerias com instituições financeiras internacionais em 57 anos de existência.
O Banco captou 50 milhões de euros na Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), recursos destinados ao financiamento de projetos relacionados à produção e consumo sustentáveis na Região Sul. E assinou recentemente contrato com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) para captação de até 80 milhões de euros.
Os recursos captados no BEI serão investidos em projetos voltados a energias renováveis, eficiência energética e mobilidade. As parcerias internacionais foram possíveis devido ao compromisso do BRDE com o desenvolvimento sustentável. Hoje, o banco tem 83% de suas operações alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU.
Uma terceira parceria internacional está a caminho. O BRDE terá 100 milhões de dólares (mais de R$ 370 milhões) captados no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para aplicação em projetos nas áreas de saúde, turismo e mercado de trabalho. Os recursos serão investidos em projetos dos municípios e os elaborados em parceria entre os setores público e privado.
Além disso, o BRDE ampliou os seus limites junto a outras instituições parceiras, como a FINEP – mantendo a sua condição de maior repassador de recursos de inovação do Brasil -, a Caixa/FGTS, viabilizando recursos para o financiamento a municípios da Região Sul e o Banco do Brasil/FCO para financiamento a projetos em Mato Grosso do Sul.
Desenvolve Sul – Outro impacto positivo na política de diversificação de fundings foi o aumento no orçamento do programa BRDE Desenvolve Sul, que opera com recursos próprios para todos os portes de empreendimentos e setores da economia. As operações do programa chegaram a R$ 96, 8 milhões até o momento.
Para reforçar a captação de novos fundings, como complemento às receitas de crédito, o BRDE manteve a prestação de serviços a outras instituições, tendo como maior caso de sucesso as operações por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O FSA, que é operacionalizado pela Agência Paraná, gera receitas expressivas sem risco de crédito.

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